meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs
Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou
Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...
Por Solano Trindade
21 de nov. de 2011
2 de nov. de 2011
31 de out. de 2011
30 de out. de 2011
Segui, pelas ruas de minhas angustias.
Cheguei a pensar que não valeria à pena....
Quantas vezes, tombei? Não sei!
Me perdi. Fiquei zonza; acuada num canto escuro;
de solidão, ardendo..
Mas existe àquela força, sobrê humana,
Que age secreta e envolvente,
Forte como o fogo;
Brabas ondas de maré, à ressucitar terras novas;
enxurradas de sentimentalidades amadurecidas.
Os poemas são minha cura.
Onde em silêncio, incorporo infinitos.
Que invadem meus segredos à descreverem -
litoranêos de Deus!
Emergir o corpo expelindo faíscas de vida - levantado pela alma;
Corpo ancorado notra vida - dentro desta.
Alma em marfim. Alma que transporta!
veralynpoeta
Cheguei a pensar que não valeria à pena....
Quantas vezes, tombei? Não sei!
Me perdi. Fiquei zonza; acuada num canto escuro;
de solidão, ardendo..
Mas existe àquela força, sobrê humana,
Que age secreta e envolvente,
Forte como o fogo;
Brabas ondas de maré, à ressucitar terras novas;
enxurradas de sentimentalidades amadurecidas.
Os poemas são minha cura.
Onde em silêncio, incorporo infinitos.
Que invadem meus segredos à descreverem -
litoranêos de Deus!
Emergir o corpo expelindo faíscas de vida - levantado pela alma;
Corpo ancorado notra vida - dentro desta.
Alma em marfim. Alma que transporta!
veralynpoeta
29 de out. de 2011
Fantasia da flor
Ela era tão bonita
a melhor companhia
não existe dia triste
acabou tanta agonia
tirou o bêbado da corda bamba
deu visão a quem não tinha
encharcou o campo seco
espantou a nuvem fria
e calou o choro feio com uma linda poesia
De tanta coisa boa que existe
Ela recusa autoria
Que o maior prazer incide
Em viver a liberdade
Não ser dono do universo
Compreender a igualdade
Todo mundo diferente
Diferença é roupagem
há de quem dela duvide
sua efêmera profecia
como a vida de uma flor
que se fecha ao fim do dia
antes tarde do que triste
Andes triste fantasia
Beto Mattos
a melhor companhia
não existe dia triste
acabou tanta agonia
tirou o bêbado da corda bamba
deu visão a quem não tinha
encharcou o campo seco
espantou a nuvem fria
e calou o choro feio com uma linda poesia
De tanta coisa boa que existe
Ela recusa autoria
Que o maior prazer incide
Em viver a liberdade
Não ser dono do universo
Compreender a igualdade
Todo mundo diferente
Diferença é roupagem
há de quem dela duvide
sua efêmera profecia
como a vida de uma flor
que se fecha ao fim do dia
antes tarde do que triste
Andes triste fantasia
Beto Mattos
pandeiro e o relicário
eu ando dentro dos seus passos
sou uma sombra que sente dor
a sobra da tua luz
o laço que o sol não desatou
ando perdido em palavras
e você não me achou
fui na feira comprar fato
achei teu casco coro de rato
um pandeiro desafinado
e o chato de um animador
Beto Mattos
sou uma sombra que sente dor
a sobra da tua luz
o laço que o sol não desatou
ando perdido em palavras
e você não me achou
fui na feira comprar fato
achei teu casco coro de rato
um pandeiro desafinado
e o chato de um animador
Beto Mattos
27 de out. de 2011
A vida é minha deixa...
As ruas sussurram
Esquinas se beijam
Olhares perfuram o escuro
Pichadores maculam igrejas
Eu fujo sem que me vejam
Maluco beleza
Obscuro igual Raul Seixas
A vida é minha deixa
Já acumulo tantos murros em pontas de faca
Que mal consigo contar nos dedos as vezes em que estive em apuros, saca?
Igual um bebe chutando do útero
Eu luto pelo futuro
Sem nem um puto no mundo adulto e babaca
Eu não durmo mais eu sonho
Componho no turno noturno
Não controlo o rumo das minhas canções
Entre letras e números tretas e outros absurdos
Eu quase perdia a razão, tive as minhas razões
Eu não represento o senso comum, tudo que eu penso é incomum é denso, é tenso é a vida vista no zoom
Perdida, desperdiçada, despedaçada
pra mim prometida
parte partida
parte de carga pesada
meio inibida
pouco tentada
beleza testada
tudo ou nada
sonho acordado
vivendo meu sonho
sonhando a minha vida
meto o pé na estrada
eu to decidida
a não ficar muda
eu vou fincar minha raiz
sou bruta flor
crescer e ser pra sempre um aprendiz
de feiticeiros
poetas
guerreiros
e na certa
com amor e tolerancia
eu vou chegar na minha meta
to numa viajem de perguntas
a procura de respostas
ponho fé na minha conduta
e pago o preço da aposta
to pronta pra jogar
nesse selva de concreto
pra perder
ganhar
pelo justo pelo certo
eu me imponho uma nova melodia
eu me alimento de um novo dia
Kl Jay, Aori e Lívia Cruz
Esquinas se beijam
Olhares perfuram o escuro
Pichadores maculam igrejas
Eu fujo sem que me vejam
Maluco beleza
Obscuro igual Raul Seixas
A vida é minha deixa
Já acumulo tantos murros em pontas de faca
Que mal consigo contar nos dedos as vezes em que estive em apuros, saca?
Igual um bebe chutando do útero
Eu luto pelo futuro
Sem nem um puto no mundo adulto e babaca
Eu não durmo mais eu sonho
Componho no turno noturno
Não controlo o rumo das minhas canções
Entre letras e números tretas e outros absurdos
Eu quase perdia a razão, tive as minhas razões
Eu não represento o senso comum, tudo que eu penso é incomum é denso, é tenso é a vida vista no zoom
Perdida, desperdiçada, despedaçada
pra mim prometida
parte partida
parte de carga pesada
meio inibida
pouco tentada
beleza testada
tudo ou nada
sonho acordado
vivendo meu sonho
sonhando a minha vida
meto o pé na estrada
eu to decidida
a não ficar muda
eu vou fincar minha raiz
sou bruta flor
crescer e ser pra sempre um aprendiz
de feiticeiros
poetas
guerreiros
e na certa
com amor e tolerancia
eu vou chegar na minha meta
to numa viajem de perguntas
a procura de respostas
ponho fé na minha conduta
e pago o preço da aposta
to pronta pra jogar
nesse selva de concreto
pra perder
ganhar
pelo justo pelo certo
eu me imponho uma nova melodia
eu me alimento de um novo dia
Kl Jay, Aori e Lívia Cruz
25 de out. de 2011
A Palavra
Hoje, venho te falar
da razão pela qual a Palavra está
vivendo o seu apogeu nesse mar
de sons, dons e tons tão colorido.
E que não vivemos mais aflitos
perdidos sem saber falar
a língua que eternamente nos dá
aquilo que procuramos ou sonhamos
por sermos conscientes que
a capacidade de se expressar é
verdadeiramente uma comunicação incrível!
Pois, ela pode construir ou destruir
os elementos que estão no lugar
porque, é só querer ou deixar
e logo se vê tudo consumido.
Portanto, podemos afirmar
que a Palavra tem força e poder,
importando com isso apenas ser
ouvida e bem compreendida
para, que a comunicação recebida
se torne realmente o canal
desse bem ou mal
em nossas próprias vidas.
By Silvio Parise
da razão pela qual a Palavra está
vivendo o seu apogeu nesse mar
de sons, dons e tons tão colorido.
E que não vivemos mais aflitos
perdidos sem saber falar
a língua que eternamente nos dá
aquilo que procuramos ou sonhamos
por sermos conscientes que
a capacidade de se expressar é
verdadeiramente uma comunicação incrível!
Pois, ela pode construir ou destruir
os elementos que estão no lugar
porque, é só querer ou deixar
e logo se vê tudo consumido.
Portanto, podemos afirmar
que a Palavra tem força e poder,
importando com isso apenas ser
ouvida e bem compreendida
para, que a comunicação recebida
se torne realmente o canal
desse bem ou mal
em nossas próprias vidas.
By Silvio Parise
12 de out. de 2011
A RUA É O MEU LAR
ERRANDO PELAS RUAS DA LINDA CIDADE
LÁ VAI A POBRE CRIANÇA DESALENTADA
MAGRINHA, FAMINTA, DESCALÇA, QUASE NUA.
AONDE VAI? PERGUNTEI COM CERTA CARIDADE.
OLHANDO-ME COM TRISTEZA NÃO FALA NADA.
DIGA-ME MEU MENINO QUE IDADE É A SUA?
NÃO SEI MEU SENHOR, EU SÓ SEI QUE TENHO FOME.
NÃO SEI QUEM EU SOU, NEM QUAL A MINHA IDADE.
SÓ SEI QUE ME EXPULSARAM LÁ DO BUEIRO.
E AGORA A VONTADE DE COMER ME CONSOME.
OS ADULTOS ME TRATAM COM TANTA MALDADE.
POR FAVOR, MEU SENHOR ME DÁ ALGUM DINHEIRO!
LEVEI-O NA LANCHONETE E ELE COMEU.
VÊ-LO COMER SE ME APERTAVA O CORAÇÃO.
DISSE-LHE: PARA MINHA CASA VOU-TE LEVAR.
ELE ME OLHOU ASSUSTADO E ME RESPONDEU:
MEU SENHOR, VIVER NUMA CASA NÃO QUERO, NÃO.
HÁ MUITO TEMPO QUE A RUA É O MEU LAR.
MAS MENINO, NA MINHA CASA VOCÊ TERÁ TUDO:
ABRIGO, ROUPA, COMIDA, ACESSO À EDUCAÇÃO,
PARA UM DIA ADULTO RESPONSÁVEL SE TORNAR.
ELE RESPONDE: ISSO PARA MIM NÃO É TUDO
QUERO LIBERDADE! UMA CASA É PRISÃO.
PORQUE INSISTIR SENHOR? A RUA É O MEU LAR.
VICTOR ALEXANDRE
LÁ VAI A POBRE CRIANÇA DESALENTADA
MAGRINHA, FAMINTA, DESCALÇA, QUASE NUA.
AONDE VAI? PERGUNTEI COM CERTA CARIDADE.
OLHANDO-ME COM TRISTEZA NÃO FALA NADA.
DIGA-ME MEU MENINO QUE IDADE É A SUA?
NÃO SEI MEU SENHOR, EU SÓ SEI QUE TENHO FOME.
NÃO SEI QUEM EU SOU, NEM QUAL A MINHA IDADE.
SÓ SEI QUE ME EXPULSARAM LÁ DO BUEIRO.
E AGORA A VONTADE DE COMER ME CONSOME.
OS ADULTOS ME TRATAM COM TANTA MALDADE.
POR FAVOR, MEU SENHOR ME DÁ ALGUM DINHEIRO!
LEVEI-O NA LANCHONETE E ELE COMEU.
VÊ-LO COMER SE ME APERTAVA O CORAÇÃO.
DISSE-LHE: PARA MINHA CASA VOU-TE LEVAR.
ELE ME OLHOU ASSUSTADO E ME RESPONDEU:
MEU SENHOR, VIVER NUMA CASA NÃO QUERO, NÃO.
HÁ MUITO TEMPO QUE A RUA É O MEU LAR.
MAS MENINO, NA MINHA CASA VOCÊ TERÁ TUDO:
ABRIGO, ROUPA, COMIDA, ACESSO À EDUCAÇÃO,
PARA UM DIA ADULTO RESPONSÁVEL SE TORNAR.
ELE RESPONDE: ISSO PARA MIM NÃO É TUDO
QUERO LIBERDADE! UMA CASA É PRISÃO.
PORQUE INSISTIR SENHOR? A RUA É O MEU LAR.
VICTOR ALEXANDRE
9 de out. de 2011
Olá,
Diante de ti vejo a esperança. Como se a clareza da sua pele pertencesse a clareza da tua alma. Esse branco me presenteou no espaço que desejo. Como eu amo esse branco, essa liberdade. Te coroaria rainha do meu amor; tão bom te reconhecer ! Talvez você sinta essa poesia; talvez seja a própria e se faça a própria, da qual se deve viver e descrever. Não existe sonho em mim. Não desejo ser mais um abobado, desses que fantasiam o que não se pode ter. Existe o verdadeiro amor que desejo amar. Esse que desejo, mesmo sem saber o tamanho. E amarei assim mesmo. Entre não amar e amar, fico com a segunda opção, com o sim que sempre vem primeiro. Continuarei amando, mesmo ferido, ainda consigo acreditar. Amo pensar que sim: te amo. Seria esse o começo, o recomeço...seria a semente da aurora? Muitos dizem que semear é amar. Então amo e colho para te coroar. Prefiro não ser coroado. Prefiro amar. Observar o sorriso e sacrificar o próprio. Prefiro um coração dentro do meu próprio peito. Ah, se pudesse te tocar, como as cartas te tocam e as palavras entram pela retina nesse momento e o coração escuta. Talvez seja esse um momento, apenas segundos de inspiração para nós dois. de um pouco de inspiração para dizer tudo. Não sobre tudo, mas sobre um começo. Cheiro e gosto de inspiração para apressar a felicidade. Pelo menos um pouco. Onde irei chegar, não sei quando, não sei se chegarei...mas é lá onde prefiro estar. Amor é caminhar, mas que seja desse, um bom começo.
Fernando Coelho
Fernando Coelho
8 de out. de 2011
LUAR BRUXINHA
LUAR VIVE NUMA ILHA,
PÉROLA DO ATLÂNTICO
COMO ELA É CHAMADA.
LEMBRA-SE DAQUELA TRILHA
DO PASSEIO ROMÂNTICO
QUANDO FICOU APAIXONADA.
E DEPOIS A VIDA ANDOU,
CASOU-SE E DIVORCIOU,
DOIS FILHOS, CRIOU SÓZINHA.
ESTÁ JÁ NA CINQUENTENA
E NA SUA VIDA AMENA,
TODOS A CHAMAM BRUXINHA!
ELA DESTESTA A MALDADE
NÃO PODE VER INJUSTIÇA
QUE NESTE MAU MUNDO SE FAZ
É SEMPRE PELA VERDADE
E POR VEZES ATÉ BRIGA.
MAS GOSTA DE VIVER EM PAZ.
GOSTA DE COISAS BONITAS
COMO PINTURA E POESIA.
TAMBÉM AMA A NATUREZA.
SUA ILHA TEM COISAS LINDAS
VENDO O MAR SE EXTASIA
COM TODA AQUELA BELEZA.
O QUE ELA ESTÁ ANSIANDO
COM ISSO VIVE SONHANDO,
É A CHEGADA DO AMOR.
ESPERA UM HOMEM SENSÍVEL
QUE EM TUDO SEJA AO SEU NIVEL
EM ESPECIAL NO AMOR.
NA TENTATIVA PRIMEIRA
ELA FOI MUITO INFELIZ
MAS NA ILHA DA MADEIRA
A BRUXINHA SERÁ FELIZ.
Victor Alexandre
PÉROLA DO ATLÂNTICO
COMO ELA É CHAMADA.
LEMBRA-SE DAQUELA TRILHA
DO PASSEIO ROMÂNTICO
QUANDO FICOU APAIXONADA.
E DEPOIS A VIDA ANDOU,
CASOU-SE E DIVORCIOU,
DOIS FILHOS, CRIOU SÓZINHA.
ESTÁ JÁ NA CINQUENTENA
E NA SUA VIDA AMENA,
TODOS A CHAMAM BRUXINHA!
ELA DESTESTA A MALDADE
NÃO PODE VER INJUSTIÇA
QUE NESTE MAU MUNDO SE FAZ
É SEMPRE PELA VERDADE
E POR VEZES ATÉ BRIGA.
MAS GOSTA DE VIVER EM PAZ.
GOSTA DE COISAS BONITAS
COMO PINTURA E POESIA.
TAMBÉM AMA A NATUREZA.
SUA ILHA TEM COISAS LINDAS
VENDO O MAR SE EXTASIA
COM TODA AQUELA BELEZA.
O QUE ELA ESTÁ ANSIANDO
COM ISSO VIVE SONHANDO,
É A CHEGADA DO AMOR.
ESPERA UM HOMEM SENSÍVEL
QUE EM TUDO SEJA AO SEU NIVEL
EM ESPECIAL NO AMOR.
NA TENTATIVA PRIMEIRA
ELA FOI MUITO INFELIZ
MAS NA ILHA DA MADEIRA
A BRUXINHA SERÁ FELIZ.
Victor Alexandre
28 de jul. de 2011
Sensação de continuidade por linhas eletrônicas justapostas
Ininterrupto acúmulo de ídolos,
musas em pó,
legado da televisão eterna
para os adoradores de logotipos
cultuarem o não ser,
fim comum onde nada basta.
Televisões lançam luzes
nas esquinas decoradas pelo progresso
por onde a doutrina das latas de cerveja
enrola nas tardes as línguas de jornal,
afrouxa as gravatas
e autoriza motins às sextas-feiras.
Marcos Vieira Lobo
musas em pó,
legado da televisão eterna
para os adoradores de logotipos
cultuarem o não ser,
fim comum onde nada basta.
Televisões lançam luzes
nas esquinas decoradas pelo progresso
por onde a doutrina das latas de cerveja
enrola nas tardes as línguas de jornal,
afrouxa as gravatas
e autoriza motins às sextas-feiras.
Marcos Vieira Lobo
O LAVRADOR
AINDA DE MADRUGADA
LEVANTA-SE O LAVRADOR
PARA SUA TERRA SAGRADA
IR CUIDAR COM VALOR.
DA ALVORADA AO ANOITECER,
NO SUOR DO SEU ROSTO,
TRABALHANDO POR GOSTO,
AO FRIO OU AO CALOR,
VAI A TERRA REVOLVER.
PARA PODER PLANTAR,
PARA PODER SEMEAR,
PARA TIRAR ALIMENTO.
EMBORA NO MOMENTO
NINGUÉM LHE DÊ VALOR.
LÁ VAI O LAVRADOR
Á SUA LIDA COSTUMEIRA
TRATAR À SUA MANEIRA
A TERRA QUE DEUS DEU.
O HOMEM QUE É RICO
MAIS O HOMEM POLÍTICO
DESPREZAM O LAVRADOR.
AO TRABALHO NÃO DÃO VALOR.
MAS ELE JUSTO E RETO
CURVADO OU ERETO,
Á FORÇA DO SEU BRAÇO
TIRA DO SOLO ALIMENTO,
QUE O RICO NÃO DESPREZA.
E QUE SERIA BEM ESCASSO
SE O POBRE LAVRADOR,
NA SUA TRISTE POBREZA
OU EM ORGULHO SEU,
PARASSE DE TRABALHAR
A TERRA QUE DEUS DEU!
Victor Alexandre
LEVANTA-SE O LAVRADOR
PARA SUA TERRA SAGRADA
IR CUIDAR COM VALOR.
DA ALVORADA AO ANOITECER,
NO SUOR DO SEU ROSTO,
TRABALHANDO POR GOSTO,
AO FRIO OU AO CALOR,
VAI A TERRA REVOLVER.
PARA PODER PLANTAR,
PARA PODER SEMEAR,
PARA TIRAR ALIMENTO.
EMBORA NO MOMENTO
NINGUÉM LHE DÊ VALOR.
LÁ VAI O LAVRADOR
Á SUA LIDA COSTUMEIRA
TRATAR À SUA MANEIRA
A TERRA QUE DEUS DEU.
O HOMEM QUE É RICO
MAIS O HOMEM POLÍTICO
DESPREZAM O LAVRADOR.
AO TRABALHO NÃO DÃO VALOR.
MAS ELE JUSTO E RETO
CURVADO OU ERETO,
Á FORÇA DO SEU BRAÇO
TIRA DO SOLO ALIMENTO,
QUE O RICO NÃO DESPREZA.
E QUE SERIA BEM ESCASSO
SE O POBRE LAVRADOR,
NA SUA TRISTE POBREZA
OU EM ORGULHO SEU,
PARASSE DE TRABALHAR
A TERRA QUE DEUS DEU!
Victor Alexandre
27 de jul. de 2011
Gaea
Senão do Caos aflora ao píncaro desnudo
A primogênese do então penumbro Olimpo:
Torrentes férteis jorram por seu farto busto
- Abunda a láctea ambrosia em tom retinto!
Senão em cálido fragor a Noite agarra
Ao cerne à mais primeva Mãe em leito à Terra;
Em desabafo, a Urano Gaea então narrara
O triste fardo qual tal sina ao ventre encerra
- Ao fim, à solidão resulta em pleno ápice
Senão mais lúrido auspício: arauto harúspice,
Evoca ao âmago materno à eterna Nêmesis:
"Nascei, oh Deus! E, ante ao Parthenon tal ágape,
Tornai a Mim tal como Hefesto ao fogo é cúmplice
- Fazei do olímpio gôzo Teu parthenogênesis!"
Diego Aurélio
A primogênese do então penumbro Olimpo:
Torrentes férteis jorram por seu farto busto
- Abunda a láctea ambrosia em tom retinto!
Senão em cálido fragor a Noite agarra
Ao cerne à mais primeva Mãe em leito à Terra;
Em desabafo, a Urano Gaea então narrara
O triste fardo qual tal sina ao ventre encerra
- Ao fim, à solidão resulta em pleno ápice
Senão mais lúrido auspício: arauto harúspice,
Evoca ao âmago materno à eterna Nêmesis:
"Nascei, oh Deus! E, ante ao Parthenon tal ágape,
Tornai a Mim tal como Hefesto ao fogo é cúmplice
- Fazei do olímpio gôzo Teu parthenogênesis!"
Diego Aurélio
Gaea
Senão do Caos aflora ao píncaro desnudo
A primogênese do então penumbro Olimpo:
Torrentes férteis jorram por seu farto busto
- Abunda a láctea ambrosia em tom retinto!
Senão em cálido fragor a Noite agarra
Ao cerne à mais primeva Mãe em leito à Terra;
Em desabafo, a Urano Gaea então narrara
O triste fardo qual tal sina ao ventre encerra
- Ao fim, à solidão resulta em pleno ápice
Senão mais lúrido auspício: arauto harúspice,
Evoca ao âmago materno à eterna Nêmesis:
"Nascei, oh Deus! E, ante ao Parthenon tal ágape,
Tornai a Mim tal como Hefesto ao fogo é cúmplice
- Fazei do olímpio gôzo Teu parthenogênesis!"
Diego Aurélio
A primogênese do então penumbro Olimpo:
Torrentes férteis jorram por seu farto busto
- Abunda a láctea ambrosia em tom retinto!
Senão em cálido fragor a Noite agarra
Ao cerne à mais primeva Mãe em leito à Terra;
Em desabafo, a Urano Gaea então narrara
O triste fardo qual tal sina ao ventre encerra
- Ao fim, à solidão resulta em pleno ápice
Senão mais lúrido auspício: arauto harúspice,
Evoca ao âmago materno à eterna Nêmesis:
"Nascei, oh Deus! E, ante ao Parthenon tal ágape,
Tornai a Mim tal como Hefesto ao fogo é cúmplice
- Fazei do olímpio gôzo Teu parthenogênesis!"
Diego Aurélio
26 de jul. de 2011
co-rege
a emoção era tanta, tudo emergia e pairava ao meu redor erguendo em poesia corpo e espírito, enchi os bolsos de pedra pra não voar, ainda não estava pronto. quero ver o vazio crescer dentro de você até romper todos os tímpanos com seu grito desabafo estridente apaixonada, engolir com colher de arroz, que este velho mundo doente permita à cura novidade se abrir em oferenda qual botão de flor.
pedro campos
pedro campos
25 de jul. de 2011
bueiros digitais
sem pesadelos
nem doces sonhos
sexo, amor, desejos
atuam realidades
palavras são chaves
erguem no pulso a poesia
pensamentos selos
abrem as janelas
causam acidentes
a inundar cisternas
transbordam emoções
erguem no pulso a poesia
tais cidades especiais
anunciam rios janeiros
edições arremessadas
às fagulhas aleatórias
light on plenos espaços
erguem no pulso a poesia
ondulam linhas tortas
tritongos selvagens
zoológicas perspectivas
avatares emaranhados
a fugir os doze macacos
Marcelo Dust, Pedro Campos e Rafael Pieroni
nem doces sonhos
sexo, amor, desejos
atuam realidades
palavras são chaves
erguem no pulso a poesia
pensamentos selos
abrem as janelas
causam acidentes
a inundar cisternas
transbordam emoções
erguem no pulso a poesia
tais cidades especiais
anunciam rios janeiros
edições arremessadas
às fagulhas aleatórias
light on plenos espaços
erguem no pulso a poesia
ondulam linhas tortas
tritongos selvagens
zoológicas perspectivas
avatares emaranhados
a fugir os doze macacos
Marcelo Dust, Pedro Campos e Rafael Pieroni
bela rita demasi
formosa figura
tua poesia solar
emana a imagem
intensamente pura
sensata no olhar
flagrante paisagem
desvia e conduz
delicada silhueta
vibrante e carnal
nuance meia luz
fogosa em conflito
divindade animal
invade o silêncio
maculando ruído
bruto formato vil
ante sensualidade
sinal provocante
em cada recorte
sensível presença
caliente arrepio
venenosa e viril
decote bronzeado
cor emocionante
suavemente forte
ah néctar exalante
suor tez beleza
dissipando nuvens
desejos delírios
nua pele morena
sabor de um beijo
incendiário pavio
contorno a adorna
dia e noite enseja
ares de serpente
chamar-te tereza
carícias amantes
pedro campos
tua poesia solar
emana a imagem
intensamente pura
sensata no olhar
flagrante paisagem
desvia e conduz
delicada silhueta
vibrante e carnal
nuance meia luz
fogosa em conflito
divindade animal
invade o silêncio
maculando ruído
bruto formato vil
ante sensualidade
sinal provocante
em cada recorte
sensível presença
caliente arrepio
venenosa e viril
decote bronzeado
cor emocionante
suavemente forte
ah néctar exalante
suor tez beleza
dissipando nuvens
desejos delírios
nua pele morena
sabor de um beijo
incendiário pavio
contorno a adorna
dia e noite enseja
ares de serpente
chamar-te tereza
carícias amantes
pedro campos
OlhOs arregalados
Essas tuas palavras-lâmina-algodão que a um só tempo desferem golpes profundos e amaciam meu entregue coração.
Vou transformar teu sorriso em arte. Pintá-lo, enquadrá-lo e pendurá-lo em cada uma das pontas dos fragmentos do meu coração. Teu sorriso quando se faz largo, quando se faz perverso, quando se faz Monalisa.
O vazio e a plenitude a transbordar
Enquanto atônitos meus olhos vislumbram
A lua a lamber as águas do mar.
Mirella Martius e Pedro Campos
Vou transformar teu sorriso em arte. Pintá-lo, enquadrá-lo e pendurá-lo em cada uma das pontas dos fragmentos do meu coração. Teu sorriso quando se faz largo, quando se faz perverso, quando se faz Monalisa.
O vazio e a plenitude a transbordar
Enquanto atônitos meus olhos vislumbram
A lua a lamber as águas do mar.
Mirella Martius e Pedro Campos
poético facto
poesias do mais puro nexo
palavras bem selecionadas
imitações assim assaltadas
o singelo diário escondido
seu verbo na frase medida
distinta em própria norma
é fibra rija e também latex
abarca evolui se trasforma
inspira, instiga a estimular
transpiração e criatividade
é ação, desejo a encontrar
agora é preciso ter atitude
colocar em prática virtude
temprana a aguda verdade
que o nosso valor significa
pedro campos
palavras bem selecionadas
imitações assim assaltadas
o singelo diário escondido
seu verbo na frase medida
distinta em própria norma
é fibra rija e também latex
abarca evolui se trasforma
inspira, instiga a estimular
transpiração e criatividade
é ação, desejo a encontrar
agora é preciso ter atitude
colocar em prática virtude
temprana a aguda verdade
que o nosso valor significa
pedro campos
14 de jul. de 2011
I
seja
verta
corrige
prepare
conjugue
uma na outra
lava tuas mãos
enquanto purgas
cura tuas chagas
acordar e dormir
sou
fui eu
depois pai
ser hei avô
para então filho
pedro campos
verta
corrige
prepare
conjugue
uma na outra
lava tuas mãos
enquanto purgas
cura tuas chagas
acordar e dormir
sou
fui eu
depois pai
ser hei avô
para então filho
pedro campos
11 de jun. de 2011
Vozes Digitais
Vozes Digitais atualiza publicações de autores não aclamados. Propõe um conceito próprio e original para poesia insinuada em fotos, desenhos, músicas, podcasts, videos, infinitas possibilidades e extensões. Enfim, sugere veredas e abre conexões para os portais do Instituto Voz e da Cidade do Conhecimento.
O Cosmonauta navega o Universo da rede através das iniciativas mais autênticas e inovadoras que encontra pelo caminho. Cosmopolita e autodidata ele é curioso, utiliza criativamente os multimeios para expressar ideias e influenciar atitudes.
As Trilhas indicam direção e sentido que orienta o vetor compreendido nesta manifestação artística. Apresenta todos os vídeos analisados neste estudo, a rota percorrida e o destino para onde aponta e se inclina.
As entrevistas em vídeo representam rico material de Domínio Público, com alguns trechos mais relevantes transcritos e aberto a comentários. Um espaço para promoção dos idealizadores desta intervenção cultural que presta um serviço de utilidade pública.
Vozes é um espaço aberto para livre opinião. Onde as pessoas podem soltar sua voz, exercer a liberdade de expressão e assim realizar o mais pleno exercício da cidadania. O som encontra seu Eco neste pano de fundo que encerra a jornada virtual. Nele estão contidos meus dados pessoais, Curriculos Vitae e Lattes e esta dissertação de mestrado.
O Cosmonauta navega o Universo da rede através das iniciativas mais autênticas e inovadoras que encontra pelo caminho. Cosmopolita e autodidata ele é curioso, utiliza criativamente os multimeios para expressar ideias e influenciar atitudes.
As Trilhas indicam direção e sentido que orienta o vetor compreendido nesta manifestação artística. Apresenta todos os vídeos analisados neste estudo, a rota percorrida e o destino para onde aponta e se inclina.
As entrevistas em vídeo representam rico material de Domínio Público, com alguns trechos mais relevantes transcritos e aberto a comentários. Um espaço para promoção dos idealizadores desta intervenção cultural que presta um serviço de utilidade pública.
Vozes é um espaço aberto para livre opinião. Onde as pessoas podem soltar sua voz, exercer a liberdade de expressão e assim realizar o mais pleno exercício da cidadania. O som encontra seu Eco neste pano de fundo que encerra a jornada virtual. Nele estão contidos meus dados pessoais, Curriculos Vitae e Lattes e esta dissertação de mestrado.
11 de mai. de 2011
Citadel
From my citadel I see the world
Images unfocused dance in symmetrical windows
await the arrival of new conflicts
New questions
get what life gives them the
Bitter or sublime
From my citadel I see the world, and
Dirty of surprise
I look in the mirror smiling
Inert, beatenCitadel
All layers of faded faces
In my city the pain goes away
Between bombs, splinters and bruises
For myself screaming voice that was not
In my city I'm not wanted
I'm a river, I'm nothing.
by Nick harrison
Images unfocused dance in symmetrical windows
await the arrival of new conflicts
New questions
get what life gives them the
Bitter or sublime
From my citadel I see the world, and
Dirty of surprise
I look in the mirror smiling
Inert, beatenCitadel
All layers of faded faces
In my city the pain goes away
Between bombs, splinters and bruises
For myself screaming voice that was not
In my city I'm not wanted
I'm a river, I'm nothing.
by Nick harrison
8 de mai. de 2011
Maternidade é um ato
e não se fundamenta no fato
De que a mulher nasceu para ser mãe.
Amor materno é construção
Que se sustenta no desejo
E não na imposição.
As mulheres quando meninas
Desde bem pequeninas
Aprendem cedo a cuidar.
Delas é esperado
Um papel determinado
Sem direito a reclamar.
Mas, ante exigências sociais
Há que haver uma distinção:
Bom mesmo é ser mãe real
Com ou sem tempo integral
Porém, sem idealização.
Mães não são fabricadas
Nem podem ser sufocadas
Em seu canto de desabafo.
É prazer e sofrimento
Descoberta e lamento
Que compõem a relação.
Iná Nascimento
e não se fundamenta no fato
De que a mulher nasceu para ser mãe.
Amor materno é construção
Que se sustenta no desejo
E não na imposição.
As mulheres quando meninas
Desde bem pequeninas
Aprendem cedo a cuidar.
Delas é esperado
Um papel determinado
Sem direito a reclamar.
Mas, ante exigências sociais
Há que haver uma distinção:
Bom mesmo é ser mãe real
Com ou sem tempo integral
Porém, sem idealização.
Mães não são fabricadas
Nem podem ser sufocadas
Em seu canto de desabafo.
É prazer e sofrimento
Descoberta e lamento
Que compõem a relação.
Iná Nascimento
5 de mai. de 2011
CRÔNICAS?
Queria compor uma crônica aguda. Câncer terminal, desses que leva antes da hora os miseráveis dependentes de hospitais públicos. Todos viciados usuários (!) ou, pelo menos, assim tratados.
Revolucionária. Como aquelas de outrora, que ainda tingem de preto promissores jovens de classe media esbaldados em bebidas, cigarros e outros importados; vomitando palavras de ordem em balcões de bares, cuja presença é mais alta que o dinheiro do mês de muito trabalhador brasileiro. Um exemplo de usuários bem tratados. Mas ‘apenas’ viciados.
Um crônico motosserra pra falar do fogo e de tudo que se queima nas churrasqueiras. A cor-de-carne como a força do sertanejo, do agricultor, do pedreiro e do mendigo.
Escandalosa, dessas que viram capa de jornal e de revista, mas o papel que se perca, vá pro lixo, se desmanche e se recicle, renovando-se escandaloso outra vez. “Cruz credo”, como dizia minha avó. Estão todos babando de vontade de ser feliz.
Enfim, que seja bem festiva! Samba enredo pra disfarçar de alegria nosso verdadeiro carnaval.
Por outro lado, me sinto frágil, incapaz de ta tal plágio, sou um mentiroso dissimulado: prefiro ficar aqui fazendo piada das minhas infelicidades, a ter que compactuar com essa que se mostra tão cruel e metódica – desde tempos em que o minuano era um refrigerante
Wagner Melo Oliveira Melo.
Revolucionária. Como aquelas de outrora, que ainda tingem de preto promissores jovens de classe media esbaldados em bebidas, cigarros e outros importados; vomitando palavras de ordem em balcões de bares, cuja presença é mais alta que o dinheiro do mês de muito trabalhador brasileiro. Um exemplo de usuários bem tratados. Mas ‘apenas’ viciados.
Um crônico motosserra pra falar do fogo e de tudo que se queima nas churrasqueiras. A cor-de-carne como a força do sertanejo, do agricultor, do pedreiro e do mendigo.
Escandalosa, dessas que viram capa de jornal e de revista, mas o papel que se perca, vá pro lixo, se desmanche e se recicle, renovando-se escandaloso outra vez. “Cruz credo”, como dizia minha avó. Estão todos babando de vontade de ser feliz.
Enfim, que seja bem festiva! Samba enredo pra disfarçar de alegria nosso verdadeiro carnaval.
Por outro lado, me sinto frágil, incapaz de ta tal plágio, sou um mentiroso dissimulado: prefiro ficar aqui fazendo piada das minhas infelicidades, a ter que compactuar com essa que se mostra tão cruel e metódica – desde tempos em que o minuano era um refrigerante
Wagner Melo Oliveira Melo.
30 de abr. de 2011
28 de abr. de 2011
Antes de mim
Antes de mim
O ESPELHO
Refletiu teu desespero
Antes de mim
O SILENCIO
...Invadiu teu coração
Antes de mim
PALAVRAS
Espectros em teu cérebro
ANTES DE MIM
INTERROGAÇÕES CAVAM TUA ALMA
Alfredo Leão
O ESPELHO
Refletiu teu desespero
Antes de mim
O SILENCIO
...Invadiu teu coração
Antes de mim
PALAVRAS
Espectros em teu cérebro
ANTES DE MIM
INTERROGAÇÕES CAVAM TUA ALMA
Alfredo Leão
28 de mar. de 2011
Onde cabe o mundo?
No mar o entardecer
são as pedras que me esperam
e derivam por minha chegada
pro meu silencio quebrar
Atrás da pedra o vazio
o som, o silencio que não existia
o canto da sereia, canto do mar
o mundo dentro da concha
Beto Mattos
são as pedras que me esperam
e derivam por minha chegada
pro meu silencio quebrar
Atrás da pedra o vazio
o som, o silencio que não existia
o canto da sereia, canto do mar
o mundo dentro da concha
Beto Mattos
16 de fev. de 2011
Minha culpa
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Florbela Espanca
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Florbela Espanca
8 de fev. de 2011
A vida Marcio
Meia noite
daqui um minuto será outro dia
os televisores estão ligados
muitos adormecem para receber o domingo
eu o recebo acordado e de braços abertos.
Recebo o primeiro dia da semana
o último dia de descanso.
A vida já não tem tanto valor
de repente penso, quando tivera?
A história do mundo se baseia em guerras.
A vida nunca teve valor para aqueles que querem só os valores.
Eu quero a vida
tão somente a vida agora.
Vidal Marinho
daqui um minuto será outro dia
os televisores estão ligados
muitos adormecem para receber o domingo
eu o recebo acordado e de braços abertos.
Recebo o primeiro dia da semana
o último dia de descanso.
A vida já não tem tanto valor
de repente penso, quando tivera?
A história do mundo se baseia em guerras.
A vida nunca teve valor para aqueles que querem só os valores.
Eu quero a vida
tão somente a vida agora.
Vidal Marinho
26 de jan. de 2011
Caxára de fórfe
Cúspere de grilo
Bícaro de Pato
GOOORRR!!!!!
...XV!! Cra, cra, cra
XV!! Cra, cra, cra
Asara de barata
Nhéque de Portera
Já que ta que fique
GOOORR!!!
XV!! Cra, cra, cra
XV!! Cra, cra, cra
Veio numa Kombi véia
Sem óio de breque
Di ócros de Raibã
GOOORRR!!!
XV!! Cra, cra, cra
XV!! Cra, cra, cra
Carcanhá de bode
Tôcera de grama
Já que ta que fique
GOOORRR!!!!!
hino do XV de piracicaba
Cúspere de grilo
Bícaro de Pato
GOOORRR!!!!!
...XV!! Cra, cra, cra
XV!! Cra, cra, cra
Asara de barata
Nhéque de Portera
Já que ta que fique
GOOORR!!!
XV!! Cra, cra, cra
XV!! Cra, cra, cra
Veio numa Kombi véia
Sem óio de breque
Di ócros de Raibã
GOOORRR!!!
XV!! Cra, cra, cra
XV!! Cra, cra, cra
Carcanhá de bode
Tôcera de grama
Já que ta que fique
GOOORRR!!!!!
hino do XV de piracicaba
21 de jan. de 2011
MALUCO S.A.
pânico? paranóia?
que porra é essa?
não me extressa!
a minha loucura
não tem pressa.
Karla Sabah
que porra é essa?
não me extressa!
a minha loucura
não tem pressa.
Karla Sabah
16 de jan. de 2011
monóico
deus é menina
tem cachos eu acho
talvez seja negra
não a vi de frente
percebi pelo cheiro
de flores queimadas
de incenso e fumaça
que veio com o vento
foi tal o deleite
na manhã de sol
que pensei
tão bonita
e assim
perfumada
só deus
líria porto
tem cachos eu acho
talvez seja negra
não a vi de frente
percebi pelo cheiro
de flores queimadas
de incenso e fumaça
que veio com o vento
foi tal o deleite
na manhã de sol
que pensei
tão bonita
e assim
perfumada
só deus
líria porto
11 de jan. de 2011
atriz
quem me visse assim chorosa
pensaria estar doendo
eu diria é fingimento
nas horas que sofro mesmo
não derramo uma lágrima
pareço igual uma rocha
com o mar batendo
líria porto
pensaria estar doendo
eu diria é fingimento
nas horas que sofro mesmo
não derramo uma lágrima
pareço igual uma rocha
com o mar batendo
líria porto
FODÁSTICA
denizis, creio em nós
Não acredito em cegonha,
em papai noel, natal, ano novo.
não acredito em políticos,
em reis, em leis, nos mitos.
creio em ti, porque em ti me vejo
e me encontro comigo mesmo.
e só assim creio em mim,
já que em mim não minto
o que sinto quando te vejo,
quando te abraço, quando te beijo.
Cairo Trindade
Não acredito em cegonha,
em papai noel, natal, ano novo.
não acredito em políticos,
em reis, em leis, nos mitos.
creio em ti, porque em ti me vejo
e me encontro comigo mesmo.
e só assim creio em mim,
já que em mim não minto
o que sinto quando te vejo,
quando te abraço, quando te beijo.
Cairo Trindade
antropofagia
escrevo para
comer alguém
eq. alguém
me coma
com todos
os pressentidos
q. este poema
contém
Aroldo Pereira
comer alguém
eq. alguém
me coma
com todos
os pressentidos
q. este poema
contém
Aroldo Pereira
Baladinha de máscaras
Quanto mais maquiagem,
mais cicatriz.
E a gente segue acreditando
que é preciso se esconder
pra ser feliz.
Ronaldo Coelho Teixeira
mais cicatriz.
E a gente segue acreditando
que é preciso se esconder
pra ser feliz.
Ronaldo Coelho Teixeira
Assinar:
Postagens (Atom)