27 de abr. de 2010

joão virtude

fico pensando
há muito tempo.
muitos anos que penso nisso.
desde que percebi que terei um filho um dia.

acho que os os nomes próprios, para serem próprios mesmo, devem ser originais, isso quer dizer, uma palavra totalmente nova. penso que para que o nome próprio seja original, ele tem que ser único, exclusivo, no extremo inventado pela primeira vez, digamos, sem que tenha havido alguém ou algo com aquele nome.

o vozes digitais está no topo do google, pedro campos lá na segunda página, com esse primeiro nome pedro e último campos, ambos comuns no brasil; bem, tá cêdo ainda pra falar, mesmo o vozes digitais, são vozes, temática emergente e digitais, quase saindo de moda. sei o peso que o nome pedro imprime nos ombros de cada um. sempre ouço elogios pelo meu nome, e mais que isso, em todo lugar há um pedro. não colocarei o meu nome em meu filho, quero sobreviver em idéia, enfim.

nosso caminho é a conscientização. como é difícil inventar anagramas e a médio prazo impossível, ficam algumas alternativas quais, usar um nome de outra referência cultural, seja indígena, indiana, árabe, algo que transmita alguma identficação, assim estabelecendo um elo que conduz a uma busca, por parte sobretudo da pessoa, pela outra cultura, sendo assim melhor escolher uma pessoa de valor. talvez o nome daquele que batizou cristo, o apóstolo joão, um dos primeiros, com certeza fundamental. uma boa áura paira sobre os apóstolos. também porque remete a meu avô que é alguem muito importante. além de ser um nome comum, tipo john, ou maria que vem geralmente prefixo de outro, joão ninguém, joão alguém. e também o anuncia.

quanto ao nome ser simples ou composto, creio melhor o simples, no entanto, pela forma de conjugar o simbólico através da palavra, dois pontos fazem uma reta. e neste caso, é na intersecção desses conjuntos simbólicos inscritos nos nomes que encontro a identidade.

diante disso, ao recorrer aos adjetivos, esbarro em um dilema, será a virtude um adjetivo ou um substantivo? esta palavra grega talvez seja o verbo transformador do adjetivo em substantivo na experiência de uma pessoa viva, no que exatamente consiste o nome em sua personificação.

para sócrates, a virtude era o produto de quatro qualidades conjugadas, que ficam para debate futuro.

penso em meu filho joão virtude, nome aposto único, duvido que haja outro, vou ver no google oráculo. não há. caramba! portanto o mais próprio possível. vou gerar este twitter: joãovirtude. assim ele já sai com um domínio. mesmo virtual... neste mundo pós ocidental.

entre os hare krishna, a partir de uma determinda fase da vida, cada um escolhe seu próprio nome, é claro que acredito que cada um tem o direito à liberdade para escolher seu próprio nome.

bem, ninguém está grávido aqui, acontece que hoje em dia nós estudamos o que queremos, pensamos e podemos compartilhar com quem amamos. beijos meninas.

pedro campos

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