28 de jun. de 2009

Poema Manifesto

PM persegue estudantes
Estudar não é coisa de delinqüentes
Polícia
Repressão
Estão passando por cima
Do Elogio à loucura
Do Livre arbítrio
Em meio ao conflito, reunião
E o Direito à Preguiça?
Choque/contenção: Mentira!
Jogam no lixo universidade e democracia
Você tem direito a um telefonema
dois tapas na cara, estilhaços de granadas
A assembléia está encerrada
Essa é a borracha que apaga
o debate da educação no Brasil
Diálogo assim nunca se viu

A flor e a náusea dos gases de pimenta
no caminho com Maiakovsky
Bouquet de rosas arremessado derruba o cap do Coronel
Fumaça sob fazendo um véu
Florbela Espanca Educação pela pedra
Escola de Facas Fuzil
Para tanta violência haja violetas
teatros mágicos coros de carcarás
Brigadas do riso pra não chorar
Ai, ai, ai ...
Foge-nos pouco e pouco a curta vida universitária
Vai-nos o ensino de qualidade e gratuito
E porque não dissemos nada
Já não podemos dizer nada
E agora reitor(a)?
A festa acabou
Viva à vaia à tropa de choque no campus
Vossa Senhoria deverá dirigir-se ao olho da rua
Diretas Já se torna realidade
quando a maioria estudantil acreditar
Tem que ter microfone megafone
É tudo no nosso nome

Cláudio Laureatti